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As Crônicas dos Kane - CAP. 2

.. sexta-feira, 1 de março de 2013
Uma explosão de Natal


CARTER

EU JÁ TINHA IDO AO BRITISH MUSEUM ANTES. Na verdade, já tinha estado em mais museus do que gostaria de admitir. Isso me faz parecer um nerd completo.
[Essa é Sadie ao fundo, gritando que eu sou um nerd completo. Obrigado, irmã.]
Enfim, o museu estava fechado e completamente escuro, mas o curador e dois seguranças esperavam por nós na escada da frente.
— Dr. Kane!
O curador era um sujeitinho engordurado metido num terno barato. Eu já tinha visto múmias com mais cabelos e dentes melhores. Ele apertou a mão do meu pai como se estivesse conhecendo um astro do rock.
— Seu último trabalho sobre Imhotep é brilhante! Não sei como traduziu aqueles encantamentos!
— Im-ho-quem? — cochichou Sadie, a meu lado.
— Imhotep — esclareci. — Alto sacerdote, arquiteto. Alguns dizem que era um mago. Projetou a primeira pirâmide com degraus. Você sabe.
— Não sei — respondeu Sadie. — Não me interessa. Mas, obrigada.
Papai agradeceu ao curador por nos receber em um feriado. Depois, pousou a mão em meu ombro.
— Dr. Martin, quero que conheça Carter e Sadie.
— Ah! Seu filho, obviamente, e... — O curador olhou hesitante para Sadie. — E essa jovenzinha?
— Minha filha — respondeu papai.
O rosto do Dr. Martin ficou inexpressivo por um instante. Não importa quanto as pessoas pensam ser receptivas ou educadas, há sempre aquele momento de confusão quando elas percebem que Sadie faz parte de nossa família. Odeio isso, mas, com o passar dos anos, aprendi a esperar essa reação.
O curador sorriu.
— Sim, sim, é claro. Por aqui, Dr. Kane. É uma honra recebê-lo.
Os seguranças trancaram as portas. Eles pegaram nossa bagagem e um deles estendeu a mão para a bolsa de trabalho de meu pai.
— Ah, não. — Papai reagiu com um sorriso tenso. — Eu levo esta aqui.
Os guardas permaneceram no saguão e nós seguimos o curador até o pátio interno, conhecido como Great Court. Era sombrio à noite. A luminosidade pálida do teto abaulado de vidro espalhava sombras que se cruzavam pelas paredes como uma gigantesca teia de aranha. Nossos passos ecoavam no piso de mármore.
— Então — disse meu pai — a pedra.
— Sim! — respondeu o curador. — Mas não sei que nova informação poderá extrair dela. A morte já foi exaustivamente estudada. É nosso artefato mais famoso, é claro.
— É claro — concordou meu pai. — Mas você pode se surpreender.
— O que ele está tramando agora? — cochichou Sadie.
Eu não respondi. Tinha um palpite sobre que pedra eles estavam discutindo, mas não conseguia imaginar por que meu pai nos arrastaria para vê-la na véspera do Natal.
Fiquei me perguntando o que ele quase tinha nos dito na Agulha de Cleópatra: alguma coisa sobre nossa mãe e a noite em que ela havia morrido. E por que ele estava sempre olhando em volta, como se esperasse que aquelas pessoas que surgiram do nada na Agulha aparecessem novamente? Estávamos trancados em um museu cercado por guardas e aparato de segurança de alta tecnologia. Ninguém poderia nos incomodar ali... eu esperava.
Viramos à esquerda na ala egípcia. As paredes eram recobertas por grandiosas estátuas de faraós e deuses, mas meu pai passou por elas e caminhou diretamente para a atração principal no centro da sala.
— Linda — murmurou ele. — E não é uma réplica?
— Não, não — garantiu o curador. — Nem sempre mantemos a pedra verdadeira em exposição, mas, para você... Esta é real.
Olhávamos para um pedaço de rocha cinzenta com cerca de noventa centímetros de altura e sessenta de largura. Estava em um pedestal, dentro de uma cápsula de vidro. A superfície plana da pedra tinha sido entalhada com três linhas distintas de escrita. A linha superior era formada por desenhos que compunham a antiga escrita egípcia: hieróglifos. A linha do meio... tive de vasculhar meu cérebro para lembrar como meu pai chamava aqueles sinais: demótico, um tipo de escrita do período em que os gregos controlavam o Egito, quando muitas palavras gregas se misturaram ao idioma egípcio. A última linha era em grego.
— A Pedra de Roseta — concluí.
— Isso não é um programa de computador? — perguntou Sadie.
Senti vontade de dizer quanto ela era estúpida, mas o curador me impediu com sua risada nervosa.
— Mocinha, a Pedra de Roseta foi a chave para decifrar os hieróglifos! Foi descoberta pelo exército de Napoleão em 1799 e...
— Ah, tudo bem — interrompeu-o Sadie. — Já lembrei.
Eu sabia que ela só queria encerrar o discurso do curador, mas meu pai não desistia tão fácil.
— Sadie — começou ele — até a pedra ser descoberta, simples mortais... Ah, quer dizer, ninguém foi capaz de ler os hieróglifos, por séculos. A linguagem escrita do Egito havia sido completamente esquecida. Então, um inglês chamado Thomas Young comprovou que os três idiomas da Pedra de Roseta transmitiam a mesma mensagem. Um francês chamado Champollion se dedicou a esse trabalho e decifrou o código de hieróglifos.
Sadie mascava seu chiclete sem demonstrar qualquer sinal de interesse.
— O que diz a mensagem, então?
Meu pai deu de ombros.
— Nada importante. É, basicamente, uma carta de agradecimento de alguns sacerdotes do Rei Ptolomeu V. Quando foi entalhada, a pedra não tinha grande importância. Mas, com o passar do tempo... Ao longo dos séculos, ela se tornou um símbolo poderoso. Talvez a mais importante ligação entre o Egito Antigo e o mundo moderno. Fui tolo por não ter percebido seu potencial antes.
Agora eu estava confuso e, aparentemente, o curador também.
— Dr. Kane? — perguntou ele. — Sente-se bem?
Meu pai respirou profundamente.
— Peço desculpas, Dr. Martin. Estava apenas... pensando alto. Será que pode remover o vidro? E se puder buscar os artigos que solicitei, que integram seus arquivos...
Dr. Martin assentiu. Ele digitou um código em um pequeno controle remoto e a frente do vidro se abriu com um estalo.
— Vou precisar de alguns minutos para ir buscar as anotações — disse o Dr. Martin. — Se fosse qualquer outra pessoa, eu hesitaria em permitir acesso irrestrito à pedra, mas sei que você vai ser muito cuidadoso.
Ele olhou para nós como se pudéssemos criar problemas, Sadie e eu.
— Seremos todos muito cuidadosos — prometeu papai.
Assim que os passos do Dr. Martin se afastaram por um corredor, meu pai olhou para nós com uma expressão muito agitada.
— Crianças, isso é muito importante. Vocês precisam sair desta sala e ficar lá fora.
Ele tirou do ombro a alça da bolsa de trabalho e a abriu apenas o suficiente para pegar nela uma corrente de prender bicicleta e um cadeado.
— Sigam o Dr. Martin. Vão encontrar o escritório dele no final do Grand Court, à esquerda. Só há uma entrada. Quando estiverem lá, passem esta corrente por dentro dos puxadores da maçaneta e prendam com o cadeado. Precisamos atrasá-lo.
— Quer que tranquemos o curador no escritório? — perguntou Sadie, subitamente interessada. — Brilhante!
— Pai, o que está acontecendo? — eu quis saber.
— Não temos tempo para explicações — disse ele. — Esta será nossa única chance. Eles estão vindo.
— Quem está vindo? — indagou Sadie.
Papai segurou os ombros dela.
— Meu bem, eu amo você. E sinto muito... Lamento por muitas coisas, mas não temos tempo agora. Se isso der certo, prometo que farei tudo ser muito melhor para nós todos. Carter, você é meu homem valente. Precisa confiar em mim. Lembrem-se, tranquem o Dr. Martin. Depois, fiquem longe daqui!
Acorrentar a porta do escritório do curador foi fácil. Mas, assim que terminamos o trabalho, olhamos para o caminho que havíamos percorrido até ali e vimos uma luz azul surgindo da galeria egípcia, como se nosso pai tivesse instalado nela um gigantesco aquário cintilante.
Sadie olhou para mim.
— Sinceramente: tem alguma ideia sobre o que ele está tramando?
— Nenhuma. Mas ele tem se comportado de um jeito estranho ultimamente. Tem pensado muito na mamãe. Ele guarda a foto dela...
Eu não queria dizer mais nada. Felizmente, Sadie assentiu, indicando que havia entendido.
— O que ele carrega naquela bolsa?
— Não sei. Ele me disse que nunca olhasse dentro dela.
Sadie ergueu uma sobrancelha.
— E você nunca olhou? Meu Deus, é bem sua cara, mesmo, Carter! Você não tem jeito!
Eu queria me defender, mas, nesse momento, um tremor sacudiu o chão.
Assustada, Sadie agarrou meu braço.
— Ele disse que devíamos ficar longe daquela sala. Suponho que vá obedecer essa ordem também.
Na verdade, essa ordem parecia perfeitamente boa para mim, mas Sadie saiu correndo, e, depois de um instante, eu decidi segui-la.
Quando chegamos à entrada da galeria egípcia, paramos de repente. Nosso pai estava em pé diante da Pedra de Roseta, de costas para nós. Um círculo azul brilhava no chão, em volta dele, como se alguém tivesse acendido tubos de neon escondidos sob o piso.
Meu pai tinha tirado o casaco. A bolsa carteiro estava aberta a seus pés, revelando uma caixa de madeira de uns sessenta centímetros de comprimento decorada com imagens egípcias.
— O que ele está segurando? — cochichou Sadie. — Aquilo é um bumerangue?
Com toda certeza, quando meu pai levantou a mão, ele brandia uma espécie de bastão encurvado. Parecia um bumerangue. Mas, em vez de arremessar o objeto, ele o encostou na Pedra de Roseta.
Sadie prendeu o fôlego.
Meu pai estava escrevendo na pedra. Onde o bumerangue encostava, linhas azuis cintilantes surgiam no granito. Hieróglifos.
Não fazia sentido. Como ele podia escrever palavras cintilantes com um bastão? Mas a imagem era clara e brilhante: chifres de carneiro sobre um quadrado e um X.
— Abra — murmurou Sadie.
Eu olhei para ela, porque tive a impressão de que minha irmã tinha traduzido a palavra, mas isso era impossível. Eu vivia com meu pai havia anos e não conseguia ler mais do que alguns poucos hieróglifos. Era algo muito difícil de aprender.
Meu pai levantou os braços. Ele entoou: “Wo-seer, i-ei”, e mais dois símbolos hieroglíficos surgiram azuis e brilhantes na superfície da Pedra de Roseta.
Mesmo perplexo, reconheci o primeiro. Era o nome do deus egípcio da morte.
— Wo-seer — sussurrei.
Jamais ouvira pronunciado daquele jeito, mas sabia que o significado era o mesmo.
— Osíris.
— Osíris, venha — disse Sadie, como se estivesse em transe. Então, seus olhos se arregalaram. — Não! — gritou ela. — Papai, não!
Nosso pai se virou, surpreso.
— Crianças... — começou a dizer.
Mas era tarde demais. O chão tremeu. A luz azul se tornou assustadoramente branca, e a Pedra de Roseta explodiu.
Quando recuperei a consciência, a primeira coisa que ouvi foi uma risada – um som horrível, eufórico – misturado ao alarme do museu.
Eu me sentia como se tivesse sido atropelado por um trator. Estava tonto, e cuspi um pedaço da Pedra de Roseta. A galeria estava em ruínas. Ondas de fogo tremulavam em poças no chão. Estátuas gigantescas estavam caídas. Sarcófagos haviam sido derrubados de seus pedestais. Pedaços da Pedra de Roseta haviam sido arremessados em todas as direções com tanta força que se cravaram nas colunas, nas paredes e nos artefatos expostos.
Sadie estava desmaiada a meu lado, mas não parecia ferida. Eu a sacudi, segurando seus ombros.
— Ugh — resmungou ela.
Diante de nós, onde antes estivera a Pedra de Roseta, havia agora um pedestal fumegante, destruído. O piso estava coberto por uma fuligem escura, exceto pelo círculo azul e brilhante em torno de nosso pai.
Ele olhava em nossa direção, mas não parecia estar olhando para nós. Um corte em sua cabeça sangrava. Ele segurava o bumerangue com força.
Eu não entendia o que ele estava olhando. Então, a horrível gargalhada ecoou novamente pela sala, e percebi que ela soava à direita, à minha frente.
Havia alguma coisa entre meu pai e nós. No início, quase não consegui distinguir – era apenas um calor, uma energia tremulante. Quando me concentrei, porém, pude enxergar uma forma vaga: o nebuloso contorno de um homem de fogo.
Ele era mais alto que papai, e sua gargalhada era cortante, assustadora.
— Bom trabalho — disse ele. — Muito bom trabalho, Julius.
— Você não foi invocado! — A voz de meu pai tremia.
Ele levantou o bumerangue, mas o homem estalou um dedo e o bastão voou de sua mão, estilhaçando-se contra uma parede.
— Eu nunca sou invocado, Julius — respondeu o homem em voz baixa. — Mas quando você abre a porta, deve estar preparado para receber visitas.
— Volte para o Duat! — ordenou meu pai com firmeza. — Eu tenho o poder do Grande Rei!
— Ah, que medo — respondeu o homem de fogo em tom debochado. — Mesmo que soubesse usar esse poder, e você não sabe, ele nunca me dominou. Eu sou o mais forte. Agora vai ter o mesmo destino que ele.
Eu não conseguia entender nada, mas sabia que devia ajudar meu pai. Tentei pegar o fragmento de pedra mais próximo de mim, mas estava tão apavorado que sentia meus dedos imóveis, paralisados. Minhas mãos para nada serviam.
Papai olhou para mim como se dissesse: Saia. Percebi que ele se esforçava para manter o homem de costas para nós, esperando que Sadie e eu escapássemos sem sermos notados.
Sadie ainda estava atordoada. Consegui arrastá-la para trás de uma coluna, para as sombras. Quando ela começou a protestar, cobri sua boca com a mão. Isso a despertou completamente. Ela viu o que acontecia e parou de lutar contra mim.
Alarmes soaram. O fogo bloqueava as portas da galeria. Os seguranças deviam estar a caminho, mas eu não sabia se isso era bom para nós.
Meu pai se abaixou, mantendo os olhos fixos no inimigo, e abriu a caixa de madeira pintada. Tirou dela uma vareta parecida com uma régua. Murmurou algumas palavras, e a vareta se transformou em um cajado do tamanho dele.
Sadie sufocou um grito. Eu também não conseguia acreditar no que via, mas as coisas ficaram ainda mais esquisitas.
Papai jogou o cajado aos pés do homem, e a coisa se transformou em uma enorme serpente – três metros de comprimento e tão larga quanto eu – com escamas acobreadas e olhos vermelhos e brilhantes. Ela atacou o homem, que a agarrou pelo pescoço sem esforço algum. A mão do homem explodiu em chamas, e a cobra queimou até virar cinzas.
— Um truque velho, Julius — debochou o homem de fogo.
Meu pai olhou para nós, silenciosamente nos incentivando a fugir. Parte de mim se negava a acreditar que aquilo fosse real. Talvez eu estivesse inconsciente, tendo um pesadelo. A meu lado, Sadie pegou um fragmento de pedra.
— Quantos? — perguntou meu pai ao homem de fogo, tentando desviar sua atenção de nós. — Quantos eu libertei?
— Bem, os cinco — respondeu ele, como se explicasse alguma coisa para uma criança. — Você devia saber que formamos um grupo, Julius. Logo eu libertarei ainda mais, e todos eles serão muito gratos. Serei nomeado rei outra vez.
— Os Dias do Demônio — lembrou meu pai. — Eles o deterão antes que o fim chegue.
O homem de fogo riu.
— Acha que a Casa pode me deter? Aqueles velhos tolos não conseguem nem parar de discutir entre eles. Deixe que a história seja agora recontada. E, desta vez, você jamais se reerguerá!
O homem de fogo moveu a mão. O círculo azul em torno de meu pai ficou escuro. Papai tentou agarrar a caixa de ferramentas, mas ela deslizou pelo chão.
— Adeus, Osíris — disse o homem de fogo.
Com outro movimento da mão, ele conjurou um esquife cintilante em torno de nosso pai. No início, era transparente, mas, à medida que papai se debatia e batia contra as laterais, o caixão foi se tornando mais e mais sólido: um sarcófago egípcio dourado cravejado de joias. Meu pai olhou para mim uma última vez e moveu os lábios formando a palavra fuja, antes de o caixão afundar no chão, como se o piso tivesse se transformado em água.
— Pai! — gritei.
Sadie arremessou a pedra, mas ela atravessou a cabeça do homem de fogo sem lhe causar dano. Ele se virou, e por um terrível momento seu rosto apareceu entre as chamas. O que eu vi não fazia sentido.
Era como se alguém tivesse sobreposto duas faces diferentes. Uma quase humana, com pele pálida, traços cruéis, angulosos, e olhos vermelhos brilhantes; a outra, como a de um animal de pelagem escura e presas afiadas. Pior que um cachorro, um lobo ou um leão – algum animal que eu jamais tinha visto. Aqueles olhos vermelhos me olharam, e eu soube que ia morrer.
Atrás de mim, passos pesados ecoaram no piso de mármore do Grand Court. Vozes gritavam ordens. Os seguranças, talvez a polícia, porém eles não chegariam a tempo.
O homem de fogo investiu contra nós. Quando ele já estava a poucos centímetros de meu rosto, algo o empurrou para trás. O ar parecia estalar com a eletricidade. O amuleto pendurado em meu pescoço ficou quente a ponto de tornar-se desconfortável.
O homem de fogo sibilou, olhando para mim com mais atenção.
— Então... é você.
O prédio tremeu novamente. Do outro lado da sala, parte da parede explodiu num raio brilhante de luz. Duas pessoas passaram pela abertura: o homem e a garota que tínhamos visto na Agulha, suas vestes tremulando. Ambos seguravam cajados.
O homem de fogo rosnou. Ele me olhou uma última vez.
— Em breve, menino.
Então, toda a sala explodiu em chamas. Uma eclosão de calor sugou todo o ar dos meus pulmões e eu caí. Minha última lembrança é do homem de barba bifurcada e da garota de azul em pé ao meu lado. Ouvi os seguranças gritando, aproximando-se correndo. A garota se debruçou sobre mim e tirou da cintura uma adaga curva.
— Precisamos agir depressa — disse ao homem.
— Ainda não — retrucou ele com alguma relutância. Seu forte sotaque parecia francês. — Devemos ter certeza antes de destruí-los.
Eu fechei os olhos e mergulhei na inconsciência.

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